Adega na NET

O que é?

Quinta do Jalloto 2009

Um típico vinho do Douro

Montes Ermos

O incrível Bag in Box

Sentus Tinto 2011

Uma Surpresa... ou talvez não

sexta-feira, 27 de março de 2015

Piteira é um dos clássicos das promoções numa das mais conhecidas cadeias de Hipermercado.

Como a "curiosidade matou o gato" decidi investir neste interessante (aparentemente) Alentejano.

Alfrocheiro, Aragonez, Moreto e Trincadeira faziam o ramalhete, colmatado pelos 14% de álcool.

7,40€ de vinho por 3,50€ era, sem dúvida, de arriscar.


A PROVA

A qualidade do engarrafamento é interessante e transparece algum cuidado.

A sua cor um pouco carregada, típico do Alfrocheiro, e o aroma adocicado fizeram-me água na boca.
Ainda assim, existia um toque alcoólico algo carregado que me deixou de pé a trás.

Na boca foi a total desilusão.
Tudo aquilo que o aroma prometeu, o palato não confirmou.
Sem sabor, apenas um turbilhão de álcool a abafar tudo o que de bom pudesse surgir.

A vontade de continuar a beber não foi muito, mas não gosto de deixar garrafas a meio!


EM SUMA

Os 3,50€ que paguei pelo vinho ajustam-se à sua verdadeira essência.
O problema é que, sem promoção, aquele produto vale mais de 7€ e em momento nenhum o justifica.
Um assalto descarado à nossa inteligência e conhecimento, já para não falar à carteira.

Sinceramente nem pelos 3,50€ o voltaria a comprar, pois há aí produtos bem mais interessante para esses valores.

Talvez a versão "Premium" seja um pouco melhor, mas será que vale os quase 10€ que pedem por ela?

NOTA: 12,5 (0 a 20)

quinta-feira, 26 de março de 2015

Em breve poderemos trabalhar em conjunto!


Que vinho vamos analisar estas semana?

Toca a dar sugestões...

Após tanto procurar, eis que encontrei um Casa de Santar esquecido numa prateleira de uma pequena loja a sentir-se solitário.
Após uma conversa de cortesia, perguntei-lhe educadamente a idade à qual obtive uma resposta interessante.
7 Anos, uns interessantes 7 anos de vida.

Foi então que pensei:
Como será que um Casa de Santar Reserva se comporta ao fim de 7 anos de amadurecimento?

Olha, nada melhor do que experimentar...


A PROVA

Ao tirar da rolha o aroma já se fazia sentir.
A confirmação chegou ao cair no copo. Um cheirinho a especiarias bem concentrado e apetitoso.

Na boca a coisa mudou de figura. Saltou para o palato a combinação de frutas que, diga-se em abono da verdade, me agradou. Ao "mastigar" o vinho relevou uma estrutura corporal forte e deixou a sua presença.

O final de boca, em todo o seu esplendor, é de duração média, mas persiste um sabor mais suave durante algum tempo. Uma sensação bastante agradável.


EM SUMA

A Casa de Santar é o típico vinho que não engana.

Quando vamos a algum restaurante em que a Carta de Vinhos é composta por nomes esquisitos o melhor é não pensar muito, pois em todas existe o famoso Santar.

Seja de que ano for esta prova vem confirmar que esta maravilha do Dão não engana.

Em via das dúvidas, escolha Santar!

NOTA: 15,5 (0 a 20)

A Quinta do Jalloto, situada no Pinhão, pertencente à formosa região do Douro, transporta para os seus produtos toda a tradição associada aquela que é a mais antiga Região Vitivinícola do Mundo.

Foi numa prova em casa de um familiar de um dos proprietários da Quinta que este maravilhoso vinho me chegou ao palato.

Ao "castigo" veio um Tinto Reserva de 2009 composto de Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz a "debitar" uns assombrosos 15,5% de teor alcoólico. Esta "pomada" foi sujeita a um estágio de 6 meses em barricas novas de Carvalho Francês.



A PROVA

A idade faz-se notar no formoso "cheirinho" ao sacar da rolha.

Ao cair no copo a elegância com que escorre é extasiante.
Tremendamente encorpado e escurecido.

No nariz é brilhante com aromas finos e chamativos.

Na boca os sabores quentes são apaixonantes e fazem esquecer que o que estamos a beber é um vinho com 15,5% de álcool. O toque da madeira, resultante do seu estágio prolongado, e a espessura do seu corpo, fruto da idade, são como que uma compota em jeito de bebida.



EM SUMA

Os vinhos da Quinta do Jalloto são impressionantes pela qualidade produtiva a que são sujeitos.

Em particular esta Reserva de 2009 que, mais do que uma companheira de refeição, é uma sobremesa maravilhosa... daqueles vinhos que ficamos a beber já depois de ter o prato vazio e quase sem fundo.

A qualidade faz-se notar no preço, é certo, mas depois de provar rapidamente tendemos a esquecer esse detalhe e perdoamo-nos a nós próprios por termos feito um assalto intencional ao nosso rendimento mensal.

Venha de lá mais Douro de qualidade para esta garrafeira!
Um belo exemplar e exemplo de que o Douro ainda é tradição... por vezes temos é de procurar um pouco.

NOTA: 16,5 (0 a 20)

Já há muito me diziam:
"Uns dos melhores Bag in Box que provei foi uma tal de Montes Ermos, tens de provar..."
E há dias fiz-lhe a vontade!

Andava eu tranquilamente por um supermercado relativamente badalado quando, no cantinho dos vinhos, me deparei com o tão apregoado Montes Ermos da Adega do Freixo.

Peguei na embalagem, apelativa, e comecei a sondar alguma informação.
Pouco descobri a não ser que tinha à minha frente um vinho tinto do Douro com 13,5% de teor alcoólico.

Bem, lá me decidi e trouxe a caixinha.


A PROVA

Como se de uma bela "pipa" se tratasse, comecei a verter o vinho para a "bilha" ao embalo de uma aroma interessante. Não tinha um cheiro chato, mas a fruta fresca.

Já no copo o mesmo se manteve. Um aroma incrivelmente fresco a fruta que me deixou impressionado.

Ao beber, o vinho não desapontou. Que capacidade incrível de disfarçar um vinho jovem com uma presença aromática de fruta fresca e compota que quase fazem parecer que se está a "engolir" um vinho com um estágio mais prolongado.

O único problema que lhe encontrei foi a relação que aquele aroma tão "criativo" pode ter com alguns alimentos... nem sempre resulta bem, pelo menos como a maioria dos Bag in Box mais comuns que tendem a ser mais neutros no sabor para combinar com "tudo e mais alguma coisa".

Tal como seria de esperar os últimos litros da "Box" são mais fracos, em todos os aspetos, que os primeiros golos.


EM SUMA

Vale a pena comprar!

Para quem bebe vinho diariamente e não pode andar a comprar "Pera Manca" a qualquer hora a opção Bag in Box é a melhor solução.

Dentro das várias possibilidade o Montes Ermos é bastante equilibrado pelo seu preço competitivo (7,99€) e capacidade de envergonhar milhares de vinhos de garrafa.

Não o hesitaria em colocar no Top de eleição dos Bag in Box, mesmo sem ter provado todos.

A próxima intenção de prova será o Alentejano Premiado "Le Loup Noir" do produtor "Silveira e Outro, Lda", embora eu não o enquadre num "típico" Bag in Box, pois a sua embalagem de apenas 2 Litros vende-se por quase 10€... o que não o coloca na lista de intenções do principal destinatários dos Bag in Box.

NOTA: 15 (0 a 20)

Incrível,

Quantas vezes não saem a um Domingo, à tarde, numa de andar pelas lojas só "porque sim"?

O objetivo não é comprar nada, mas sim "ver as novidades".

Numa dessas saídas passei por uma loja, cativante pelo nome, onde pensei que no interior os produtos fossem todos "DeBorla", mas enganei-me.

Tudo muito "catita", com produtos de relativo bom-gosto para equipar o nosso lar e um "layout" muito interessante, moderno e acolhedor.
Apesar da beleza, confesso que a certa altura pensei que iria sair daquela requintada versão de "loja dos 300" sem nada comprado... até que passei por uma zona com VINHOS!

Aproximei-me e comecei a tentar identificar alguns dos produtos, mas foi difícil.
Só havia uma marca e eu não a conhecia... a SENTUS

Tentei procurar por referências nos rótulos, mas fiquei a saber o mesmo, Nada!

Foi aí que, por entre as muitas opções (desde o vinho do porto, ao verde, passando pelo maduro), me decidi por experimentar, uma vez que não sou daqueles de me ficar.

Por entre as várias opções decidi fixar-me numa escolha mais "neutra" a nível de risco e optei pelo "Alentejano". Trouxe a colheita de 2011 na aparente entrada de gama, pois havia a versão "Reserva".

A PROVA

Não resisti.
Cheguei a casa, preparei um belo jantar e toca de ir experimentar o "oculto".

A surpresa surgiu na rolha.
"Casa Agrícola HMR" da Herdade Monte da Ribeira produtora do incansável "Pousio" e do fantástico "Varal".

A partir desse momento tudo começou a fazer sentido.
A própria garrafa e a rotulagem do, até então, desconhecido SENTUS foi desmascarada e revelou-se como sendo um "Varal" disfarçado.

O receio ainda surgiu, mas o conteúdo não enganou.

Um vinho em conta e de excelente qualidade, típico da "HMR", mas sobe a marca SENTUS.

Composto por Trincadeira, Aragonês e Alfrocheiro (que aprecio particularmente) apresenta um teor alcoólico de 14%.

No nariz é carregado com um aroma frutado bem apetitoso.
Na boca é macio, com taninos percetíveis, mas que dão a certeza de estar a beber um vinho com "calo".
O final de boca traz consigo um pequeno amargor que, pessoalmente, me agradou.
Dá vontade de repetir a dose.


EM SUMA

Uma boa opção para impressionar os amigos!
Uma marca desconhecida, que desperta curiosidade e coloca-vos numa posição de exclusividade.

Ao provar todos se vão surpreender pela classe de um vinho que nem existe nas lojas e adegas dos "comuns dos mortais".

E o mais importante?
- O preço!
Afinal é um vinho que, ao provar, dá a sensação de valer um bom dinheiro, mas na verdade é um "Varal" que anda na casa dos 3€, ainda por cima disfarçado sob a marca SENTUS que custa apenas 2,49€.

Resumindo, em duas palavras:
Impre .. ssionante!

NOTA: 15,5 (0 a 20)
Atenção:

"Este Blog permite a entrada a todos os seres humanos que habitem este planeta.
Apenas se exclui seres extraterrestres por não saber se há vinho nas redondezas do nossos sistema solar".

  • A entrada é permitida a Senhoras


  • HOMENS, caso a vossa esposa, namorada ou mulher a dias não consinta a vossa presença neste espaço, por favor, atentem no seguinte:

"O Vinho é a vingança masculina ao sapato da mulher. Cabe sempre mais uma garrafa na adega"



  • Este espaço proíbe a entrada a sindicalistas defensores da imputabilidade da uva no processo vitivinícola.

A vaca também não consente que lhe mexam nos apêndices para lhe extraírem o Leite!

E fica o aviso:
"Eu só beberei leite no dia em que as vacas comerem uvas" (Jean Gabin)




  • Aqui o que contam são as experiências, não o preço!

Já o "profeta" Georges Brassens dizia que "o melhor vinho não é necessariamente o mais caro, mas sim o que compartilhamos".




  • Pensar muito não é benéfico!

Se escolher um vinho está a ser complicado, por vezes, o melhor é deixar-se ir pelo primeiro que lhe aparecer.
Ou então, em alternativa, pense no momento em que o vinho se enquadra.
Por exemplo, como fazia Miguel Torres e nos aconselhou: "Qualquer homem inteligente pede um vinho que agrade às mulheres"... Esta pode ser a solução na hora de escolher!




  • Para os Católicos!

O vinho não é Gula nem Luxuria, mas sim o "caminho para a salvação".
Lembrem-se que "Cristo não consagrou a água, o leite ou a coca-cola: consagrou o pão e o Vinho, como alimentos do corpo e do espírito." (Fernando Sabino).




Se depois de ter lido este aviso se sente apto para continuar, esta Adega espera por si.
Boa Visita!


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